Ensino da lingua portuguésa
Durante décadas, o ensino de língua portuguesa desenvolvido em nossas escolas limitava-se á análise e classificação de termos gramaticais, e o que constituía o dialeto de prestigio. A partir da década de 80, ocorre o desenvolvimento de diversos estudos lingüístico, que tinham como objetivo alterar esse quadro e, sobretudo, propor uma nova forma de conceber o ensino de língua portuguesa. Dentre esses estudos, podemos destacar os estudos de corrente funcionalista, da Enunciativa, da Pragmática, da Lingüística Textual e da Análise do Discurso. A partir de tais estudos a linguagem passa a ser concebida como recurso de interação social. E, acima de tudo, atrelada a propósitos comunicativos. Essa nova concepção de linguagem provocou diversas alterações na metodologia de ensino da língua.
Nessa perspectiva, a língua passa a ser percebida como atividade social em constante uso comunicativo. Assim, a função da gramática no ensino da língua portuguesa é desenvolver a competência comunicativa do aluno e não mais levá-lo a produzir respostas corretas. Isto é, sua função consiste em aumentar a capacidade do aluno usar a língua nas mais diversas situações. É nesse contexto que o uso da língua passa a ser estudado tendo como base textos e discursos, que ocorrem em situações comunicativas do dia- a dia por meio dos mais diversos gêneros. Dito de outra forma, o funcionamento da língua passa a ser estudado com base nos mais variados gêneros textuais produzidos no cotidiano.
“Passou-se, assim, a prescrever que a aprendizagem da leitura e da escrita deveria ocorrer em condições concretas de produção textual. Desloca-se o eixo do ensino voltado para a memorização de regras da gramática de prestígio e nomenclaturas”. Diante desse cenário, surge uma proposta de ensino da gramática tendo como base o texto e o discurso. Ou seja, o ensino contextualizado da gramática, no qual estudo da língua