Ensino da gramática
A crise com que a escola se defronta é mais além do que uma simples verificação da escassez de recurso e desinteresse das autoridades ou despreparo do corpo docente. A escola não desenvolve no aluno a expressão oral dando condições para criar condições necessárias para uma tradução cabal, expressando suas opiniões pensamentos e emoções tanto na escrita quanto na fala. A primeira crise é a ordem institucional que de uns tempos para cá através da própria sociedade é privilegiado o coloquial, o espontâneo e o expressivo, e assim vem se renovando a língua popular e o argot.
Sendo assim houve o desprestígio da tradição escrita culta, a tendência influenciou decisivamente os costumes linguísticos de tal modo que, no português do Brasil a distância entre o nível popular e o nível culto ficou muito marcada, tanto que se assim prosseguir, acabará chegando a se parecer com fenômeno verificado no italiano e no alemão, que tem distância entre um dialético e outro.
O resultado disto nas salas de aula é que os alunos não estão sendo alertados para o propósito estilístico que inspira a opção linguística, limitando-se a esta leitura, e perde a oportunidade de extrair enriquecimento idiomático através de tradicionais textos “clássicos”. E assim o apoio que a escola poderia dar a literatura no aperfeiçoamento da educação linguística dos alunos é perdido.
A segunda crise é na universidade, devido as teorias linguísticas não terem chegado a consolidar um corpo de doutrina capaz de permitir uma descrição funcional-integral do saber elocucional, do saber expressivo e do saber idiomático. A terceira crise é na escola, pois na medida em que não se faz distinções necessárias entre gramática geral, gramática descritiva e gramática normativa, e o professor despreza a gramática normativa, justamente a que deveria ser o objeto central de sua preocupação, pois é onde leva o educando a uma série de atividades que permitiriam leva-lo á