O ensino de gramática
*pranta *Cráudia *Chicrete Porém:
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• Por que as formas “pranta”, “Cráudia” e “chicrete” estão “erradas”? Por que são tão “feias”? • Por que o rotacismo é um erro? • Por que não é possível admitir que o [l] e o [r] são variantes alofônicas no contexto C_V? • Por que não podemos aceitar que há duas formas possíveis e legítimas para p[lr]anta: “planta” e “pranta”?
▪ O rotacismo é constitutivo da formação do português: clavu > cravo obligare > obrigar plaga > praga plata > pranta
▪ Os próprios dicionários admitem a alternância l > r:
▪ flecha, frecha
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A gente vamos Os menino vai Nós vai
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Porém:
Concordância ideológica: Redundância
▪ The boys go
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Por que as construções “a gente vamos”, “os menino vai” e “nós vai” estão “erradas”? Por que verbo “tem que” concordar com o sujeito em português? Há muitas línguas em que essa concordância não ocorre. Por que não é possível admitir que a concordância do verbo com o sujeito vem se tornando opcional em português? Por que não é possível aceitar as duas construções: “os menino vai” e “os meninos vão”? Por que uma delas tem que estar errada? Por que o português não pode mudar?
Quem determina o que é o certo e o errado em relação à língua?
A quem pertence a língua portuguesa?
Os cientistas da linguagem? Os poetas e escritores? O conjunto dos falantes? Representantes legitimamente eleitos pelo voto direto? A Portugal? Ao Brasil? À comunidade de falantes? Aos gramáticos, dicionaristas e professores de Português?
Por que o português do século XXI tem que ser igual ao do século XIX?
▪ Os brasileiros são/somos ▪ A maioria dos estudantes vai/vão
Por que é tão difícil aceitar a variação e a mudança da língua portuguesa?
Para que possamos ler Machado de Assis e José de Alencar? Porque somos governados pelos mortos? Porque somos nostálgicos (e acreditamos na Idade de