Ensinar e aprender Geografia
Ana Kátia Mensor
Enfrentamos diversos problemas associados ao ensino de Geografia, mais frequentemente vistos nas redes públicas. Os baixos salários, as más condições de trabalho e a desmotivação pessoal, são algumas das causas para que tenhamos cada vez menos profissionais qualificados para ensinar-aprender geografia nas escolas.
A falta de professores preparados compromete ainda mais a qualidade do ensino da rede escolar pública e condena milhões de crianças e adolescentes a uma formação abaixo dos padrões exigidos pelo mercado de trabalho e pelo desenvolvimento cientifico e tecnológico (O Estado de S. Paulo, 2011). Cada vez mais encontramos professores despreparados dentro das escolas, tornando o problema na educação mais amplo, não possibilitando aos seus alunos um conhecimento adequado, e deixando de formar cidadãos críticos e mais capazes.
Muitas vezes, o único instrumento usado para se ensinar geografia nas salas de aula é o livro didático, tornando o papel do professor como apenas um mediador de leitura em uma sociedade em constante transformação. O professor deve ter um perfil dinâmico, sempre pesquisando por novos materiais didáticos, aberto às inovações e sensíveis as necessidades dos alunos.
A falta de pesquisa ou até mesmo a falta de interesse dos professores também é um problema enfrentado na educação. Segundo DEMO (2005, p.83)
O conceito de pesquisa é fundamental, porque está na raiz da consciência crítica e questionadora, desde a recusa de ser massa de manobra, obeto dos outros, matéria de espoliação, até a produção de alternativas com vistas à consecução de sociedade pelo mais tolerável. Entra aqui o despertar da curiosidade, da inquietude, do desejo de descoberta e criação, sobretudo atitude politica e emancipatória de construção do sujeito social competente e organizado.
A pesquisa torna qualquer profissional mais competente e qualificado. Um bom professor pesquisa e utiliza os melhores recursos