Ensinar, aprender: Leitura de mundo, leitura de palavras.
2ª LICENCIATURA EM MATEMÁTICA – PARFOR
ENSINAR, APRENDER:
LEITURA DO MUNDO, LEITURA DE PALAVRA.
Cachoeiro de Itapemirim
2013
ENSINAR, APRENDER:
LEITURA DO MUNDO, LEITURA DE PALAVRA.
Cachoeiro de Itapemirim
2013
Ensinar, aprender:
Leitura do mundo, leitura da palavra.
Segundo Freire, estudar é, realmente, um trabalho difícil, pois exige de quem o faz uma postura crítica, sistemática, além de uma disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando. Isto é, precisamente, o que a educação bancária não estimula. Pelo contrário, sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade. Sua ‘disciplina’ é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a indispensável criticidade.
Este procedimento ingênuo ao qual o educando é submetido, ao lado de outros fatores, pode explicar as fugas ao texto, que fazem os estudantes, cuja leitura se torna puramente mecânica, enquanto, pela imaginação, se deslocam para outras situações. O que se lhes pede, afinal, não é a compreensão do conteúdo, mas sua memorização. Em lugar de ser o texto e sua compreensão, o desafio passa a ser a memorização do mesmo. Se o estudante consegue fazê-lo, terá respondido ao desafio. Numa visão crítica, as coisas se passam diferentemente. O que estuda se sente desafiado pelo texto em sua totalidade, e seu objetivo é apropriar-se de sua significação profunda. Esta postura crítica, fundamental, indispensável ao ato de estudar, requer, de quem a ele se dedica, que assuma o papel de sujeito desse ato.
Isto significa que é impossível um estudo sério se o que estuda se põe em face do texto como se estivesse magnetizado pela palavra do autor, à qual emprestasse uma força mágica. Se se comporta passivamente, ‘domesticamente’, procurando apenas memorizar as afirmações do autor. Se se deixa