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CARTA DE PAULO FREIRE AOS PROFESSORES

Ao longo do texto de Paulo Freire podemos destacar as seguintes palavras: ensinar, apreender, teoria, pratica, experiências, leitura e escrita, seus relatos ajudam-nos a refletir sobre nosso papel como educador.
NENHUM TEMA mais adequado para constituir-se em objeto desta primeira carta a quem ousa ensinar do que a significação crítica desse ato, assim como a significação igualmente crítica de aprender. É que não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende. Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende, de um lado, porque reconhece um conhecimento antes aprendido e, de outro, porque, observado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, sem o que não o aprende, o ensinante se ajuda a descobrir incertezas, acertos, equívocos.
Ensinar e aprender

Por mais que estamos preparados para ensinar, na prática ocorre novas aprendizagem, em que consideramos da seguinte forma; quanto mais ensina mais aprende (experiências). Ninguém lê ou estuda um texto se a mesma não desperta curiosidade de apreender, ou seja, obter compreensão e aprendizagem da leitura de mundo e dos seus fazeres no mundo.

Um exemplo que podemos citar é aquele momento no qual o aluno pergunta a professora:
_ professora o que é o buraco negro?
_ Pedrinho no momento não sei lhe responder, mas vou pesquisar para que possa te responder.
É nesta hora que alem de enfatizar um determinado assunto, o ensinante e os demais alunos aprendem algo novo. Ou seja, ninguém sabe tudo sendo incapaz de aprender. O professor precisa aprender primeiro para depois ensinar os alunos. Porém, o professor durante sua prática pode aprender, ou seja, conseqüentemente ele acaba aprendendo até mais do que em sua capacitação. É obvio que necessita primeiramente se capacitar e se especializar