Ensaio Filosófico
A clonagem terapêutica utiliza uma técnica em que se dá a junção de um óvulo sem núcleo com o ADN de um doador. Depois este embrião é desenvolvido in vitro com a finalidade de obter células específicas para serem usadas para fins científicos e terapêuticos. Mas em alternativa existe a técnica da diferenciação induzida que utiliza células indiferenciadas (sem qualquer especialidade), como as células do cordão umbilical, para produzir as tais células especializadas, afastando assim a polémica de se considerar, ou não, o embrião uma forma de vida humana.
Penso que este tipo de clonagem pode ser considerado eticamente aceitável pois estas células obtidas podem ser utilizadas para regenerar órgãos e tecidos danificados, tornando curáveis doenças como o Parkinson e a esclerose múltipla. Esta técnica tem uma taxa de sucesso elevada perante a sua complexidade, pelo que é aceitável sob o ponto de vista utilitarista e deontologista. Isto porque esta prática traz consequências benéficas para toda a saúde humana e por isso vai ao encontro do que diz Stuart Mill na sua teoria utilitarista: é moralmente correto o que “provocar o maior bem para o maior número de pessoas”. Vai também ao encontro da teoria deontologista pois as pessoas são vistas como fins e a máxima “A clonagem terapêutica é eticamente aceitável” é uma lei que se pode tornar universal. A única imposição ética é o desperdício de embriões que fica sem efeito se for