Ensaio de fadiga
Renato Ambrózio Gonçalves
UNESP, Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá.
Engenharia Mecânica – 10201-1
Resumo: O limite de resistência determinado pelo ensaio de tração é função da carga máxima atingida durante o teste, após o qual ocorre ruptura do material. Ficou então estabelecido que o material não se romperá com uma carga menor que aquela, quando submetido a esforços estáticos. Entretanto quando são aplicados esforços dinâmicos, repetidos ou flutuantes o material pode romper-se com uma carga bem inferior à carga máxima atingida durante o ensaio de tração. Nesse caso tem-se a chamada ruptura por fadiga. Um metal rompe-se por fadiga quando a ele são aplicadas tensões com flutuação suficientemente grande e com valor acima de um determinado limite, denominado limite de fadiga, o qual pode ser determinado através do ensaio de fadiga. Deve-se notar, porém, que nem todo metal apresenta limite de fadiga determinado, como é o caso dos materiais não ferrosos. A ruptura ocorre quando o número de ciclos de tensão aplicados é também suficientemente grande. No entanto, muitos outros fatores têm acentuada influência sobre a ruptura por fadiga, tornando muito extenso o seu estudo. Neste relatório serão apresentados apenas os fundamentos de como é conduzido um ensaio de fadiga.
Palavras-chave: Fadiga, Ruptura por fadiga, Limite de resistência a fadiga, Limite de fadiga.
1. INTRODUÇÃO
O ensaio de fadiga consiste na aplicação da carga cíclica em corpo-de-prova apropriado e padronizado segundo o tipo de ensaio a ser realizado, ele é extensamente utilizado na industria automobilística e em particular na indústria aeronáutica, existindo-se desde ensaios em pequenas estruturas até em estrutura complexa, com asa e longarinas. O ensaio mais utilizado é o ensaio de flexão rotativa, esses ensaios são capazes de fornecer dados quantitativos relativos a aplicação de carga durante longos períodos que o