Engenharia, Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Sustentável
A inovação tecnológica vem sendo crescentemente invocada como estratégia para redimir empresas, regiões e nações de suas crônicas aflições econômicas e para promover o seu desenvolvimento. Por esse motivo, a implementação de políticas eficazes de estímulo à inovação tecnológica tornou-se, a partir dos anos 90, um dos eixos estruturantes da atuação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE, que abrange 30 países comprometidos com a democracia pluralista e a economia de mercado. Essa proposição vem ganhando projeção no Brasil, principalmente a partir de 2001, como decorrência da mobilização associada à Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A atual administração federal ratificou e ampliou a presença pública da tecnologia, pela sua inclusão em um dos carros-chefe da agenda econômica, que é a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior - PITCE. Uma de suas medidas mais evidentes é a Lei nº 10.973/04, que tem por apelido "Lei da Inovação". De forma mais lenta, o tema da inovação tecnológica vem adquirindo alguma visibilidade no espaço microrregional. A fim de acelerar a conscientização dos novos dirigentes municipais a esse respeito, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores recentemente publicou o manifesto Agenda das Cidades Empreendedoras e Inovadoras, com "ideias e propostas para prefeitos que querem gerar emprego e renda promovendo o desenvolvimento sustentável de suas cidades". Atualmente, torna-se relevante o pensamento sobre o papel da engenharia na construção de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável nas suas três dimensões: social, econômica e tecnológica. Nos últimos vinte anos, países asiáticos revolucionaram suas economias. Para enfrentarmos a competitividade internacional, precisamos redimensionar o valor estratégico da ciência e compreender que ainda há um imenso trabalho a realizar