Engenharia genética e concepção assistida
INTRODUÇÃO
A reprodução é a “função que permite aos seres vivos produzirem outros semelhantes, mantendo-se a espécie”. Apesar de ser uma função comum a todos os seres vivos, a reprodução, por vezes, torna-se um acontecimento biologicamente impossível, nomeadamente no ser humano. Esta realidade impôs desde cedo vários desafios à ciência: a identificação das diversas causas de infertilidade e respectivo tratamento e ainda o desenvolvimento de métodos e técnicas que permitissem aos casais inférteis a produção de descendência.
É exatamente sobre este último desafio colocado à ciência, a reprodução medicamente assistida, que o nosso trabalho vai incidir.
Primeiramente daremos uma pequena introdução sobre a infertilidade e suas causas o que nos remeterá para o próximo ponto do trabalho, as técnicas de reprodução medicamente assistida. Falaremos ainda da engenharia genética, seus benefícios e precauções a serem tomadas nesses métodos.
1. Reprodução Medicamente Assistida
Desde que em 1978 foi noticiado que o obstetra Patrick Steptoc e o biólogo Robert Edwards trouxeram ao mundo Louise Brown, o primeiro bebé-proveta resultante da técnica de fecundação in vitro, cerca de um milhão e meio de bebés nasceram, em todo o mundo, de casais estéreis. Ao mesmo tempo, as técnicas de reprodução assistida experimentaram um forte desenvolvimento na maioria dos países desenvolvidos, existindo hoje ainda várias técnicas, sejam elas com recurso a medicamentos, técnicas laboratoriais de manipulação e seleção de gâmetas e embriões ou com recurso a cirurgia.
2. Técnicas de Reprodução Assistida
2.1Inseminação Artificial ou IUI (Intra-Uterine Insemination)
Esta técnica é empregada em casos de incapacidade de ejaculação, distúrbios de ovulação, alterações no muco cervical, que impeçam a livre penetração dos espermatozóides no útero,