encefalopatia
Respiratory complications in patients with chronic non-progressive encephalopathy
Karolyny Alves Claudino¹, Lícia Vasconcelos Carvalho da Silva²
INTRODUÇÃO
A Paralisia Cerebral (PC), ou mais corretamente, a Encefalopatia Crônica não Progressiva (ECNP), ou ainda a Encefalopatia Crônica Infantil (ECI) é uma das pato- logias neurológicas mais comuns do mundo, cuja inci- dência vêm se mantendo de forma constante nos últimos anos entre 1,5 e 2,5 por nascidos vivos1. Esta encefalopa- tia é comumente conceituada nos dias atuais como um grupo não progressivo, mas frequentemente mutável de distúrbios motores (tônus e postura), secundários à lesão do cérebro em desenvolvimento1.
A origem das causas para o desenvolvimento da PC pode ocorrer durante o período pré-natal, perinatal ou pós-natal, mas evidências sugerem que 70% a 80% se- jam de origem pré-natal. As causas podem ser congênitas, genéticas, inflamatórias, infecciosas, anóxicas, traumáti- cas e metabólicas2.
O portador desta doença tem como características principais alterações de tônus muscular (hipertonias ou hi- potonias) e a manutenção de posturas não funcionais, estas devido aos padrões anormais de movimento, bem como por persistência de reflexos e reações primitivas, que vão variar em cada portador de acordo com a área lesada e o tamanho da lesão1.
Diante da concisa descrição das principais caracte- rísticas do quadro clínico dos pacientes com paralisia cere- bral, pode-se perceber que existem entre eles deficiências ou distúrbios de movimento e de tônus muscular, além de movimentos involuntários e reflexos anormais, que aca- bam por comprometer a biomecânica global do indivíduo portador da lesão encefálica em questão. Este quadro pode variar consideravelmente, desde uma leve monoplegia com o intelecto normal à espasticidade total corporal grave e retardo mental3.
Os pacientes com paralisia cerebral