Encefalopatia Espongiforme
Encefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs) são doenças neurodegenerativas que ocorrem em muitas espécies e acometem gravemente toda a estrutura do sistema nervoso central. São causadas pelo acúmulo de uma proteína anormal, que se origina a partir de uma alteração de uma proteína normal do hospedeiro e, após a instalação, o quadro clínico é fatal. Atualmente, não há tratamento específico e é de difícil diagnóstico, e muitas vezes, os sinais clínicos são percebidos só quando esta patologia já está no estágio final. Os tipos principais de EETs são: encefalopatia espongiforme bovina, doença de Creutzfeldt-Jakob, nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob e paraplexia enzoótica dos ovinos ou Scrapie.
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) também conhecida como doença da “vaca louca” é originada por uma proteína infecciosa, chamada príon, que transforma as proteínas sãs, alterando sua forma. Os sintomas mais comuns em bovinos são mudanças de comportamento, andar cambaleante, paralisia e morte. A EEB nunca foi notificada no Brasil, e a vigilância específica para essa doença vem sendo executada desde 2001. A principal via de transmissão da EEB é através da ingestão de alimentos contendo farinhas de carne e ossos provenientes de carcaças infectadas pelo prion. Por isso, para se evitar a doença, não se deve alimentar ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos) com produtos de origem animal, e principalmente não utilizar a cama de aviário e dejetos de suínos como alimento para ruminantes, pois a ração desses animais recebe proteína de origem animal, e os restos dessas rações juntamente com as partículas não digeridas que saem nas fezes, podem veicular o agente da EEB. Suínos e aves são naturalmente refratárias à doença da vaca louca, de acordo com as pesquisas científicas atuais, é improvável a transmissão do agente através do sêmen, óvulos e leite,