Encefalopatia espongiforme bovina
A circulação contínua de agentes infecciosos entre seres humanos somente foi possível a partir do momento em que o homem passou a viver em grupos, criando condições para assumir o papel de reservatório de microorganismos e parasitas, tarefa em parte facilitada pelo manejo de animais e sua utilização como alimento. Com o crescimento da população humana e o desenvolvimento das diferentes civilizações, tivemos a ampliação progressiva do intercâmbio entre os continentes estabelecendo-se condições para a ampla disseminação das doenças infecciosas. Populações suscetíveis que viviam em aglomerados humanos distribuídos em pontos distantes, mas localizados em rotas de caravanas de mercadores, foram sucessivamente atingidas por novos agentes patogênicos. Exploradores e exércitos conquistadores serviram de vetores para a ampla circulação desses agentes. Esporadicamente, epidemias de doenças como a peste, a varíola e o tifo assolavam populações, muitas vezes alterando o curso da história. (WALDMAN, E. A., 2001).
As Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EETs) são uma família de doenças que acometem humanos e animais, caracterizadas por degeneração esponjosa do cérebro, com sinais e sintomas neurológicos severos e fatais. As EETs são caracterizadas pela presença de vacúolos microscópicos e pela deposição de proteína amilóide (“prion”) na substância cinzenta do cérebro. (FACHIN, D., 2008)
A Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, comumente conhecida como “doença da vaca louca”, é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos, com longo período de incubação (média de 5 anos), caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção. A EEB é uma das doenças do grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis – EET. (BRASIL, 2008).
A teoria mais aceita para o aparecimento da EEB no Reino Unido foi alteração introduzida na indústria para obtenção