emulsões
Curso de Farmácia
Reologia das Emulsões
Prof. Dr. Hernani Aranha
Introdução
O Brasil, como a maioria dos demais países, vem apresentando aumento da longevidade de sua população (Rodrigues, Rauth, 2002). Segundo as projeções estatísticas da Organização Mundial da Saúde, o Brasil terá, em
2025, 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e será o sexto país do mundo com a maior população idosa em números absolutos (Da Cruz, Alho,
2000). Dado relevante refere-se à distinção da população idosa formada predominantemente pelo sexo feminino, conforme dados do IBGE sobre a pirâmide etária do Brasil (IBGE, 2004)
A busca pela redução dos sinais de envelhecimento e suas consequências vem transformando os idosos em um nicho promissor para o mercado de cosméticos (Leonardi, Maia Campos, 2001)
Entre os diferentes cosméticos existentes, as emulsões são amplamente usadas para a hidratação da pele (Flynn et al., 2001; Rawlings et al., 2004; Lóden, 2005).
Emulsões são amplamente empregadas como veículos pela indústria cosmética e farmacêutica. Estes sistemas permitem o transporte de ativos e/ou fármacos lipofílicos e hidrofílicos em uma mesma formulação e dependendo de suas características microestruturais possibilitam um perfil sustentado de liberação do ativo e/ou fármaco encapsulado.
Os estudos e avanços no conhecimento dos mecanismos envolvidos na obtenção e estabilidade de sistemas dispersos, entre estes as emulsões, têm viabilizado o desenvolvimento de sistemas cada vez mais complexos, como por exemplo, emulsões múltiplas e de sistemas estáveis como nanoemulsões. Outro aspecto importante é o avanço das técnicas de avaliação e análise que predizem com maior precisão a estabilidade em longo prazo destas emulsões, exigência que qualquer produto cosmético e/ou farmacêutico deve possuir para ser comercializado.
No desenvolvimento de novos cosméticos as características reológicas
são