Empowerment
O conceito empowerment (termo que em português seria próximo ao "empoderamento" ou "dar poder"), foi pioneiramente utilizado no trabalho da professora de Harvard e ex-editora do Harvard Business Review (a revista de pesquisas e estudos sobre administração da universidade), Rosabeth Moss Kanter em 1989. O artigo era sobre empresas que dão mais poder e autonomia aos seus trabalhadores serão as melhores posicionadas para competir a longo prazo. Principalmente, os funcionários da "linha de frente" (aqueles que estão em contato direto com os clientes, fornecedores, comunidade e outros), terem autoridade, porque estes têm a melhor visão dos fatos e problemas de seus departamentos.
Desde então, as idéias precursoras de Kanter viraram uma ferramenta competitiva para as organizações perpetuarem em suas operações e no mercado, com a dinamização de estruturas hierárquicas e canais de comunicação (onde a tecnologia é cada vez mais fundamental).
Apesar de ser uma nomenclatura recente, o empowerment não é uma idéia nova na Administração, a Escola Comportamental nos 50 e 60, com Douglas McGregor, já defendia na sua democrática e moderna Teoria Y em "libertar o pessoal do estreito controle da organização convencional, dando a ele um certo grau de liberdade, para dirigir suas próprias atividades, assumir responsabilidades1" (McGregor, 1973:15), em oposição a mecanicista e tradicional Teoria X que se objetivava no controle centralizador e mecânico da Administração de seus empregados e na visão deturpada e preconceituosa sobre estes2 (considerados passivos, sem iniciativa e intolerantes). Outro expoente comportamentalista, Rensis Likert através da sua Teoria de Sistemas, apontou o Quarto Sistema como o mais desenvolvido, havendo cooperação, decisões descentralizadas e participação na administração de todos os quadros3.
Estas concepções combatiam uma orientação nascida com a Revolução Industrial, que com a divisão do trabalho e introdução de novas tecnologias,