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Apesar de ter uma estrutura semelhante às redações dos vestibulares comuns, o texto a ser redigido na prova do Enem exige do aluno um raciocínio mais homogêneo e completo. Para Lima, a palavra que define a redação é "interdisciplinaridade". Ou seja, "o aluno deve saber enxergar os acontecimentos como um todo, não em quadros isolados".
Em termos práticos, um tema será apresentado, e o candidato deverá desenvolver suas idéias sobre este assunto de forma coerente e organizada. "Isso significa levantar uma tese nas primeiras linhas, desenvolvê-la e defendê-la nos parágrafos seguintes", diz a professora de português do Cursinho da Poli, Cássia Diniz Moraes.
Isso fica claro nas competências de avaliação da prova objetiva, cobradas de uma forma um pouco diferente na questão da redação.
A competência I, referente ao domínio da linguagem, aplicada à redação, significa fazer uso da norma culta da língua portuguesa. Serão examinados aspectos como a concordância verbal e nominal, pontuação, ortografia e acentuação. Cássia confirma a importância deste aspecto na prova. "Não adianta o aluno ter uma boa proposta para o tema, se não domina o conteúdo gramatical".
A competência II consiste em saber construir e aplicar conceitos e compreender fenômenos. Na redação, isso significa compreender a proposta e aplicar os conceitos conhecidos para desenvolver este assunto. Feito isso, o candidato deve saber selecionar e hierarquizar o seu conhecimento para responder a questão apresentada pelo tema, exigência que caracteriza a competência III. "A prioridade no Enem é saber inter-relacionar os conteúdos", explica Cássia.
A temática, talvez o aspecto mais peculiar do Enem, geralmente propõe abordagens sociais,