embalagens ativas
Ao longo do tempo, a indústria de alimentos tem sofrido constantes mudanças para se adaptar ás crescentes exigências dos consumidores. A demanda por produtos minimamente processados, sensorialmente similares aos alimentos in natura, tem imposto novos requerimentos ás embalagens, que devem assegurar uma vida de prateleira adequada aos produtos.
Tradicionalmente, os materiais de embalagens têm sido selecionados no sentido de ter mínima interação com o alimento que acondicionam, constituindo assim barreiras inertes. Nas últimas décadas, diversos sistemas de embalagem têm sido desenvolvidos com o objetivo de interagir de forma desejável com o alimento – são as embalagens ativas, planejadas para corrigir deficiências das embalagens passivas. Define embalagem ativa como aquele que exerce algum outro papel na preservação de alimentos que não o de promover uma barreira inerte a influências externa. Uma embalagem ativa é aquela que, além de proteger, interage com o produto e, em alguns casos, responde realmente a mudanças.
No sentido convencional, uma embalagem aumenta a segurança do alimento de acordo com os seguintes mecanismos: barreiras a contaminações (microbiológicas e químicas) e prevenção de migração de seus próprios componentes para o alimento. Já os sistemas de embalagem ativa devem acumular funções adicionais, entre as quais podem ser destacadas: absorção de compostos que favorece a deterioração, liberação de compostos que aumentam a vida de prateleira, e monitoramento da vida de prateleira.
Exemplos de embalagens ativas são aquelas que liberam compostos antimicrobianos, como sais de prata, álcoois, dióxido de enxofre, dióxido de cloro e bactericidas, ou liberam antioxidantes, tais como BHA, BHT e tocoferóis.
2 – Algumas aplicações das embalagens ativas:
2.1 – Sistemas de atmosfera modificada
Os sistemas de atmosfera modificada consistem basicamente em estocagem de produtos ainda em respiração em ambiente com níveis geralmente reduzidos de