Emanuel Kant
Immanuel Kant nasceu no dia 22 de abril de 1724, em Koenigsberg, capital da Prússia Oriental (atual Kaliningrado, na Rússia). Lá estudou, lecionou e morreu, nunca saiu dessa cidade universitária e também centro comercial muito ativo freqüentado por pessoas das mais diversas nacionalidades: poloneses, ingleses, holandeses. Foi o quarto de nove filhos de pais luteranos, recebeu uma educação religiosa e severa, baseada em princípios que pregavam uma vida simples, respeito e obediência à moral. Na escola da cidade aprendeu latim e línguas clássicas. Kant sofreu duas influências contraditórias: de um lado a influência do pietismo, protestantismo luterano de tendência mística e pessimista (que põe em relevo o poder do pecado e a necessidade de regeneração), que foi a religião de sua mãe e de vários de seus mestres; por outro lado, a influência do racionalismo: o de Leibnitz, ensinado por Wolf, e o da Aufklärung (a Universidade de Koenigsberg mantinha relações com a Academia Real de Berlim, tomada pelas novas idéias). Somando-se a isso, a literatura de Hume o despertou de seu sono dogmático e a literatura de Russeau o sensibilizou em relação ao poder interior da consciência moral. Aos dezesseis anos ingressou na universidade de Königsberg, cursando filosofia, se aprofundando nos ensinamentos de Gottfried Wilhelm Leibniz e de Christian Wolff, sob a orientação de Martin Knutzen, um racionalista, que apresentou a Kant a nova física matemática de Newton. A vida de Kant foi e regular como um relógio: levantava-se às 5 horas da manhã, independentemente das condições climáticas, deitava-se todas as noites às dez horas e seguia o mesmo caminho para ir de sua casa à Universidade. Em 1746, após a morte do pai, Kant foi obrigado a interromper os estudos universitários e começou a dar aulas particulares para manter a família. Mesmo diante das dificuldades, persistiu nos estudos e em 1749 publicou sua primeira obra filosófica, Pensamentos sobre