Electroforese
MÉTODO E APLICAÇÕES
Introdução
Diariamente um bioquímico depara-se com tarefas para a realização das quais é necessária a separação de partículas, nomeadamente moléculas de elevado peso molecular, como proteínas, enzimas, polissacarídeos, vírus e ácidos nucleicos (DNA e RNA).
Para isso, ao longo dos tempos foram-se descobrindo e desenvolvendo vários métodos, entre os quais a electroforese. Esta técnica baseia-se na separação de componentes por acção de um campo eléctrico e pode ser aplicada de várias formas e a vários tipos de moléculas, tendo por isso surgido diversos tipos de electroforese, que se dividem em dois grupos principais: a electroforese livre e a electroforese de zona. Este último tipo subdivide-se em vários métodos: a electroforese em papel, a electroforese em acetato de celulose e a electroforese em gel. Podemos ainda classificar a electroforese de acordo com o fim a que se destina – analítica (para identificar moléculas) ou preparativa (para isolar moléculas).
É nosso objectivo neste trabalho dar maior ênfase à electroforese em gel e suas aplicações.
Mas, afinal, em que consiste a electroforese?
O processo
Moléculas diferentes movem-se a velocidades diferentes quando lhes é aplicado um campo eléctrico, daí poderem ser separadas e distinguidas.
Uma molécula esférica de raio r e carga Q quando suspensa num meio de viscosidade η e sob a influência de um campo eléctrico E, move-se com uma velocidade v de acordo com a seguinte equação:
E ⋅ Q = 6π ⋅ r ⋅ η ⋅ v ⇔ v =
E ⋅Q
6π ⋅ r ⋅η
A velocidade com que as partículas percorrem o meio é inversamente proporcional ao seu raio e directamente proporcional à sua carga.
No entanto, esta equação é uma aproximação uma vez que as moléculas biológicas não são esféricas e a sua carga também depende do pH e da concentração de outros iões na solução.
Tipos de electroforese
Em 1937, Tiselius introduziu o método que consistia em colocar