egonomia
Da definição do conceito ergonomia por Kenneth Frank Hywel
Murrell, em 1949, até o início dos primeiros estudos brasileiros nessa área, passaram-se mais de 20 anos. Foi na década de 1970 que, influenciadas pelo pesquisador francês Alain Wisner, se iniciaram as primeiras abordagens ergonômicas, o que justifica, até os dias atuais, o fato de muitos estudos ergonômicos no país seguirem a abordagem francesa do Analyse Ergonomic Du Travail – AET
(Scott, 2009). Mas foi na década de 1990, com base em um mé- todo proposto pelas professoras Anamaria de Moraes e Cláudia
Mont’Alvão, que novos estudos ergonômicos surgiram, ganhando força principalmente devido à descrição clara dos muitos obstáculos que surgem em um estudo ergonômico (Scott, 2009). Essa mesma autora defende que, apesar das diferenças nos termos utilizados, ambos os estudos são descritivos e propõem um diagnóstico bem detalhado, mas não levam necessariamente à aplicação e avaliação futura de melhoria do trabalho, invocando a experiência do especialista em ergonomia, e não, necessariamente, aos trabalhadores e gestores. Moraes e Soares (1989) corroboram ao informar que nessa época não se aplicavam experimentos em laboratório, apenas eram propostas modificações baseadas na literatura estrangeira vigente. a ergonomia brasileira surgiu da difusão da ergonomia em âmbito internacional e desde então ocupa um relativo destaque nesse cenário, particularmente no âmbito latino-americano.
Moraes e Soares (1989) afirmam que as primeiras vertentes de implantação da ergonomia no Brasil ocorreram juntamente às engenharias e ao design, sem aplicação experimental, conforme citado. Na USP de Ribeirão Preto e na FGV do Rio de janeiro, duas novas abordagens passaram a ser aplicadas com base no enfoque da psicologia, sendo respectivamente o desenvolvimento de pesquisas experimentais sobre o comportamento de motoristas e trabalhos com ênfase nas análises