Educação
| | A reportagem EDUCAÇÃO: SALTO NO ESCURO, (Revista Veja, 12 de maio, p.118-122) me assustou! Desde o título até o seu teor! Fica claro que quem está saltando no escuro é quem escreve. Mediante afirmações categóricas, carregadas de “lugares comuns” e preconceitos tais como: “As interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas”(...) só as do construtivismo, pergunto eu, ou toda e qualquer interpretação cunhada no senso comum, sem fundamento nem estudo , também não incorrem no erro? (...) “especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais “ quais são as mais radicais? Que referencial teórico está corroborando tal afirmação? Desde quando existe versão radical e leve do construtivismo? Outra colocação:“ jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel”. É outra interpretação equivocada que se disseminou, pela falta de conhecimento, estudo e informação. Essa, então é de chorar! “Em um país como o Brasil, onde as carências educacionais são agudas, em especial a má formação de professores, a existência de um método rigoroso, de uma liturgia de ensino na sala de aula, é quase obrigatória”. (p.120). Será? Ou justamente por conta da carências e diferenças, há que se pensar em novas formas de abordagem que atendam às especificidades dos regionalismos e particularidades? Vale à pena estudar mais, apropriar-se dos conceitos que envolvem o construtivismo, perceber suas ações, suas bases teóricas, obter referências de sucesso, especialmente em nosso país. Quem escreve precisa conhecer a respeito do que escreve. Está na hora de parar de apedrejar o construtivismo sem conhecimento de causa, deixar de repetir o jargão que tantos dizem a respeito. De nada contribui uma reportagem que traz o que já foi dito há alguns anos, rechaçando esta abordagem de ensino, este outro olhar para o sujeito que aprende e consequentemente, o papel do “professor que professa” (