educação
Luciana Pereira Ortega (UNIPAR)
Ivonete Veraldo Gasparello (UNIPAR)
A excelência profissional é o objetivo de todos que buscam impor-se perante o mercado de trabalho e a sociedade. Essa busca exige a criação de oportunidades que propiciem o crescimento intelectual e profissional. Nesse âmbito, as universidades são consideradas os maiores centros formadores de profissionais, porém, de uma maneira geral, parece-nos que elas não conseguem abranger em sua grade curricular e nos programas disciplinares todos os conteúdos necessários para uma capacitação profissional completa.
Considerando a necessidade precípua de uma formação adequada para “ser” no meio social e profissional e a lacuna deixada pelo ensino superior criamos um grupo de estudos para tratar de questões que não são abordadas em nossa graduação. Esse grupo está centrado nas teorias do filósofo Mikhail Bakhtin e do psicólogo Vygotsky e nas relações e implicações de suas teorias na educação brasileira. O presente artigo é fruto de estudos e pesquisas realizadas por este grupo.
Nosso objetivo é analisar até que ponto as teorias de Bakhtin, principalmente as que se referem ao signo, às ideologias e à sociedade, estão inseridas nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental do 3º e 4º ciclos (PCNs, 1998). Com isso, propomos uma reflexão acerca da educação básica e da atuação do professor nesse contexto. Neste trabalho, sempre que nos referirmos aos PCNs, estaremos considerando este que acabamos de citar.
A educação brasileira sempre foi alvo de muitas discussões e críticas. Desde o início dos anos 70 busca-se melhorar a qualidade do ensino no país, para isso vários projetos e programas educativos foram instituídos, porém por diversas razões não obtiveram o êxito esperado. Nos anos 90, foram elaborados os PCNs visando a orientar o corpo docente da educação básica para um projeto educativo mais reflexivo sobre