Educação
NIEDJA BALBIBO DO EGITO ALUNA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO – UFAL
ALFABETIZAÇÃO: O ponto de partida, mas não a linha de chegada.
RESUMO: Este artigo enfoca o processo de alfabetização já tão familiar em nossa sociedade, em contraste com o processo de letramento que é um tema recente em relação ao novo sentido que ganhou nos meios acadêmicos. Tal comparação será feita de acordo com Soares (1999) que postula que letrar é mais que alfabetizar. Logo, se analisarmos o ponto a que tem chegado nosso aluno atualmente, através do trabalho com ele desenvolvido na escola, veremos que estamos sonegando a ele os meios de avanço até a linha de chegada, que nada mais é aqui, do que uma metáfora do sucesso escolar tão desejado, que eliminaria o problema do analfabetismo funcional enfrentado hoje. PALAVRAS-CHAVE: alfabetização, letramento, sucesso escolar, analfabetismo funcional.
INTRODUÇÃO:
Todos nós sabemos da importância da Leitura na vida de um cidadão que convive numa sociedade gráfica. Por conta disso, o tema “Alfabetização” não deixa de ser moderno por mais antigas que sejam as especulações sobre ele. O que há de realmente novo nesse campo é o fato de que, diferentemente do que acontecia no passado (quando nos preocupávamos apenas com a alta taxa de analfabetismo), hoje estamos estupefatos diante das estatísticas que mostram o alto nível de analfabetismo funcional. Lembrando ao leitor que analfabeto funcional é aquele que “é capaz de ler e escrever, mas que enfrenta dificuldades quando se trata de interpretar corretamente o que leu” (Moreira, 2003). A solução do problema do analfabetismo funcional tem se tornado cada vez mais difícil de se alcançar, pois está sendo penoso até conscientizar a escola de que mesmo quando nos referimos a nomenclatura “alfabetização”, não estamos mais confinados aos elementos mecânicos da decodificação e do simples reconhecimento