Educação

O primeiro capítulo do livro nos apresenta a dificuldade de aprendizagem em diversas abordagens teóricas. Ilustra a presença marcante desta problemática no inicio da década de 70 onde a produção cientifica verifica que o fracasso escolar se encontra vinculado ao processo de aquisição da linguagem escrita e este, por sua vez, no Brasil, se fundamenta na classe social.
Encontra-se também uma vertente teórica, fundamentada na sociologia e na psicossociologia, que analisa o conjunto de aspectos que podem levar ao fracasso, como por exemplo: a organização da escola e seu papel na reprodução de classes sociais, a competência/incompetência e preparação/inadequação dos profissionais da escola para trabalharem os conceitos de alfabetização que orientam a prática pedagógica os processos avaliativos e seus efeitos etc...
Outra vertente se fundamenta nas teorias de déficit cultural e lingüístico, localizando no aprendiz e no meio as causas do fracasso no aprendizado escolar. Esta vertente esta quase sempre ligada a uma terceira, que apesar de nunca ter conseguido bases empíricas para a sua sustentação ė mantida ate hoje na produção acadêmica e cientifica sobre o fracasso na alfabetização, a dos distúrbios de aprendizagem.
Estas duas ultimas vertentes citadas são as mais assumidas pelos pesquisadores do tema. O que leva sempre ao deposito da responsabilidade pelo fracasso escolar encima do aprendiz mascarando os fatores políticos e sociais do problema.
Uma pesquisa qualitativa de dezoito obras resultou na descoberta de programas de educação compensatória e de atendimento por profissionais especializados como forma de tratamento dessas crianças "incapazes".
Clenice Griffo apresenta quatro concepções a respeito do tema:
- Concepção organicista;
- Concepção Instrumental ou Cognitivista;
- Concepção dos transtornos afetivos de personalidade;
- Concepção do HANDCAP sociocultural.

Concepção Organicista
A concepção organicista, ainda hoje muito presente, explica o