Educação e o diálogo crítico
A escola como instituição social, tem como função não somente a escolha da metodologia eficaz para a transmissão dos conhecimentos, ou no preparo das novas gerações para o mercado de trabalho, ou tão somente para aprovação no vestibular. É necessário superar a lógica da empregabilidade, sendo que esta não dá conta da astúcia e da complexidade da relação entre escola e sociedade. Não contribuindo também para a construção da educação voltada para a solidariedade, equidade e criticidade. Não basta educar para a máquina produtiva, e sim para provocar indignação frente à aceitação conformista, formando cidadãos críticos aptos a construir e reconstruir uma sociedade solidária, criando assim uma postura autônoma.
O ambiente escolar torna-se um grande aliado na garantia da cidadania, através do diálogo, considerando as especificidades que compõem a diversidade cultural e os caminhos que para isso precisa ser trilhado, independentemente das diferenças.
A escola é um espaço sociocultural em que as diversidades se encontram, estabelecendo parâmetros da relação entre o sujeito e os outros, gerando a aprendizagem de valores, preceitos e regras de conduta com vista à inclusão dos alunos na vida comunitária. Assim, a escola desempenha um papel como educador, contribuindo para a inserção plena dos indivíduos na sociedade.
Segundo Boff (2005), deve-se educar os sujeitos para que sejam críticos, criativos e cuidantes. O ser crítico para Boff é a capacidade de situar cada evento em seu contexto biográfico, social e histórico, desvendando os interesses e as conexões ocultas entre os fatos.
Portanto, a educação escolar é sempre a formadora da cidadania crítica e consciente. Isso se faz, através de educadores competentes, com seus saberes abalizados nos paradigmas atuais da educação no mundo globalizado. Só agindo de acordo com as necessidades do mundo atual é que pode realizar o diálogo crítico com as mais diferentes formas