Trabalho,
Resumo Paulo Freire propõe uma nova teoria de educação fundamentada nos princípios da politicidade e da dialogicidade cuja base está no amor. Esta teoria presume que todo educador, sinceramente empenhado em superar as “situações-limites” da realidade contemporânea, precisa “encharcar a razão de emoção”, condição imprescindível para poder “pronunciar o mundo” e “dar a palavra” aos oprimidos da Terra. Essa ousada proposta exige a construção de uma escola autônoma capaz de cooperar para a formação do ser humano e a transformação do mundo. O processo de educação se dá na participação e no diálogo capaz de contribuir para que as pessoas nele implicadas re-signifiquem suas experiências e práticas, além de se confrontarem e resgatarem novos valores que indicarão o horizonte almejado. A “práxis encharcada de amor” quer ser a reflexão e ação consciente dos homens sobre o mundo para transformá-lo e, o amor, a base, a matriz sobre a qual essa práxis acontece. O amor, a humildade e a fé no ser humano e no mundo são capazes de realizar a verdadeira transformação do mundo e a formação do cidadão. A base da sua pedagogia é o diálogo. Para Freire, a relação pedagógica necessita ser uma relação dialógica. Esse princípio é também a base do seu método e deve favorecer o humanismo nas relações e objetivar a ampliação da visão de mundo. A atitude dialógica é, antes de tudo, uma atitude de amor, humildade e fé nos homens, no seu poder de fazer e de refazer, de criar e de recriar. Para ele o diálogo, como fenômeno humano, é a essência da práxis pedagógica. Não há como pensar uma práxis pedagógica sem o diálogo. Pois ela própria leva-nos à interação mais profunda com os atores do processo pedagógico e seu objeto. Um ato de amor é um ato político. É gerado da relação com o outro, os oprimidos da terra. Toma consistência e concretude no