Educação e moral
Neste sentido nos reportamos a Allan Kardec, quando comenta a questão 685 de O Livro dos Espíritos e fala que na educação moral, diz ser aquela que consiste na "arte de formar caracteres e quando esta arte for conhecida, cumprida e aplicada, o homem ocasionará no mundo hábitos de ordem e de providência para si mesmo e para os seus de respeito por tudo o que for respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar, menos penosamente, os maus inevitáveis".
Assim é que para que possamos afastá-la do caminho turvo dos vícios, das drogas, da depressão e do suicídio, é necessário que em primeiro lugar lhes seja dado o exemplo do amor, dedicando-lhes atenção e procedendo com firmeza no caminho do bem.
Na procura de ingressar no contexto social, a criança, ao contrário do que muitos pensam, presta muito mais atenção ao que é feito, ao exemplo, do que às palavras. O verbo pode ter a orientação perfeita, mas se de entremeio leva consigo uma exemplificação divergente do que lhe está sendo ensinado, é criado o impasse e o exemplo tem muito mais significação do que é falado. Eis aí um grande ponto de confronto que desde cedo as crianças encontram.
A moral pode sofrer as conseqüências desta divergência, pois que se o exemplo não é dignificante ou mesmo é dúbio, a criança passa por um processo de falsear suas próprias concepções e encontra nos amigos o seu ponto de apoio e o hemisfério do limite de conduta. É a fase que se encontra propícia a influenciações na formação de seu caráter.