Educação moral
Em entrevista a Nova Escola, Maria Suzana conta os principais aprendizados obtidos durante o período de estudo em 3 anos, onde 12 pesquisadores de universidades brasileiras investigaram experiências desenvolvidas em escolas públicas na área de Educação moral. Após analise dos estudiosos, chegaram ao resultado de que menos de 2% do total de relatos de iniciativas consideradas pelas instituições como bem sucedidas, foram validadas como realmente interessantes.
Tal resultado se deve a não vivência dos valores pelos alunos. Pode ter ocorrido a transmissão de informações sobre os princípios, mas não foi incorporado, não resultou em práticas com resultados favoráveis.
A considerar pelo nome, há grande diferença da antiga Educação Moral e Cívica.
“A disciplina era ligada a obediência cívica e não é isso que se deseja hoje. O foco atual é a formação de um sujeito autônomo, que defende valores como bons para si e para os outros.” Afirma Maria Suzana.
Segundo a pesquisadora, o tema deve ser abordado desde a educação infantil, e interfere também na família. “É essencial compreender que se ensinam valores na convivência com o outro, nas ações, nas práticas e nas relações sociais. Não é algo simplesmente transmissivo. Tem de ser praticado para ser compreendido e incorporado.”
Para ensinar valores, escola e família devem atuar, de formas diferentes. O primeiro envolve o coletivo e trabalha com a questão de igualdade, tratamento de todos com as mesmas regras e princípios. Já os familiares trabalham com valores individuais, como a cooperação, a solidariedade, a generosidade e a bondade. Na família, como na escola, moral vivida é