Educação moral do adulto
A motivação para o estudo do tema partiu do interesse pela disciplina Psicologia da Educação e do Desenvolvimento, ministrada no curso de Mestrado em Educação – ISEC pelo professor Óscar Sousa.
Nela, foram abordados, entre outros temas, o desenvolvimento Moral do ser humano, valores e educação.
A partir dos estudos feitos para o desenvolvimento do artigo nesta disciplina, o interesse cresceu ao estudar Lawerence Kohlberg. Um psicólogo e pesquisador nova-iorquino, cujos trabalhos foram voltados para o julgamento moral não só na infância, mas também, na vida adulta.
Muitos estudiosos da psicologia, sociologia e filosofia voltaram suas pesquisas para o desenvolvimento moral pois, há uma polêmica sobre como as crianças adquirem/ absorvem conceitos morais e como um ser humano que nasce completamente desprovido de valores vai se transformando e se adaptando a uma sociedade onde já existem valores e crenças? (Biaggio, 2006, p.12).
Durante um longo período de tempo, a moralidade era vista como algo imposto pela sociedade, ou seja, de fora para dentro. Nota-se isto estudando a teoria psicanalista, na qual afirma que os valores morais são produto de medos irracionais, como o medo da castração (Duska, 1994, p. 08). Outro exemplo é a teoria Behaviorista, que coloca o desenvolvimento da moral “formada por meio de prêmios e castigos ou ainda pela imitação” (Biaggio, 2006, p. 13).
Piaget mostra que “as regras morais, que a criança aprende a respeitar, lhe são transmitidas pela maioria dos adultos, isto é, ela já recebe elaboradas [...] e nunca elaboradas na medida de suas necessidades” (Piaget, 1994, p.23). Ou seja, são transmitidas de geração em geração, a partir das exigências dos mais velhos.
O que mais chama atenção na teoria de Kohlberg é que o desenvolvimento do julgamento moral do homem nada tem haver com sua idade cronológica, ou seja, não é porque a criança/ jovem cresce que seu julgamento moral amadurece de acordo com sua maturidade biológica.