MONOGRAFIA
Meu interesse em realizar esse estudo nasceu da experiência positiva que tenho vivenciado no Projeto Semeando Educação, onde trabalho como educadora há três anos. O projeto é mantido pela empresa Carioca Engenharia em parceria com a Secretaria
Municipal de Educação de Casimiro de Abreu / RJ. Nesse projeto, dentre outras temáticas que estudamos semanalmente, está a teoria do Desenvolvimento Moral de Piaget, que fundamenta a parte social do nosso trabalho desenvolvido com as crianças.
Acreditamos que não somente esse projeto, mas muitas outras escolas trabalham seguindo a corrente piagetiana. Todavia, nas escolas, de maneira geral, o construtivismo Piagetiano tem se voltado apenas para o trabalho do desenvolvimento cognitivo da criança, para práticas que tendem a potencializar o seu raciocínio e fazê-la chegar à autonomia intelectual. Sabemos que a maior parte de seus estudos é voltada ao desenvolvimento cognitivo da criança, no entanto, a teoria dele não versa apenas sobre esse aspecto.
Piaget também desenvolveu pesquisas sobre a moralidade infantil e deixou uma contribuição singular nessa área. O epistemólogo via o desenvolvimento da criança como um todo, por isso, sua teoria sobre a construção do conhecimento contém pesquisas sobre o aspecto cognitivo e o sócio moral da criança. Entretanto, de maneira geral, os educadores têm se prendido apenas ao cognitivo. Raras escolas conhecem ou trabalham a parte Moral de sua teoria, em que o teórico aborda sobre o tipo de relação social que ajuda a criança a desenvolver sua autonomia moral.
Assim, considerando que Piaget tem ricos estudos sobre o desenvolvimento não só cognitivo, mas também moral da criança, por que, de maneira geral, as escolas usam suas contribuições só no que concerne ao aspecto cognitivo? A escola deveria se preocupar com o aspecto moral? Ela pode contribuir para a formação moral da criança?
O nosso estudo é movido pelo intuito de compreender a essas questões. Nele, propomos apresentar uma