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VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
ADOÇÃO
Rejane Sampaio
Psicologia Jurídica
2015
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VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
ADOÇÃO:
A situação de abandono, que sempre aparece nas adoções, costuma não ser muito bem aceita e assimilada pelas famílias adotantes, que, se possível, tentam “apagar”.
Isso ocorre porque o abandono é geralmente visto pela imprensa e pela sociedade sob o aspecto moralizante e depreciativo. 3
Mas nem todas as crianças adotadas passaram necessariamente por uma situação concreta de abandono.
Há casos em que os pais ou responsáveis legais dão o consentimento perante o juiz para que seja colocada em outra família, ou até solicitam que isso seja feito.
Outras vezes os pais desaparecem ou morrem, ou são acusados de negligência, privação, abusos e maus-tratos para com seus filhos, crianças ou adolescentes, o que pode culminar em processo que sentencia a destituição do poder familiar. 4
Quando a adoção ocorre por questões de esterilidade ou infertilidade do casal, é preciso verificar o significado psicológico dessa esterilidade na vida pessoal e na do próprio casal.
O estudo aprofundado do casal requerente, feito pelo psicólogo judiciário, analisa a elaboração da esterilidade e a história individual e conjugal, o papel que cada um desempenha em sua família e como está estruturando a nova família. Na verdade, é preciso encarar a esterilidade/infertilidade como um denominador comum do casal pretendente, para evitar a situação de que apenas um deles carregue o estigma de “estéril” ou “infértil”.
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Pode ser também, que o casal já tenha filhos biológicos ou adotivos; mesmo assim, a entrada de um novo integrante muda a dinâmica de toda a família, devendo o trabalho psicológico envolver todos, até mesmo porque filhos biológicos
(ao lado do filho adotado) podem ter fantasias de que são também adotados.
Ocorre com frequência que os processos de adoção, que deveriam facilitar a profilaxia do desenvolvimento psicológico da criança, bem como