Educação e diversidade cultural
Alfabetização de Jovens e Adultos
A educação tem, a princípio, a finalidade, de promover mudanças desejáveis e relativamente permanentes nos indivíduos, e que estas venham a favorecer o desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Portanto, se faz mister que a educação atinja a vida das pessoas e da coletividade em todos os âmbitos, visando à expansão dos horizontes pessoais, o desenvolvimento bio-psico-social do sujeito, além da observação das dimensões econômicas e o fortalecimento de uma visão mais participativa, crítica e reflexiva dos grupos nas decisões dos assuntos que lhes dizem respeito. A busca em compreender como as questões sociais, culturais e econômicas se encontram diretamente relacionadas com o fracasso ou com o sucesso escolar não teria se transformado em objeto de inúmeras pesquisas sociológicas e em argumentos primordiais no debate político se o nível educacional alcançado pelos sujeitos não fosse um dos principais determinantes do status social (Forquin, 1995). No Brasil, o debate sobre as relações entre cultura popular e escola pública surge nos anos 50 e 60, a partir do método Paulo Freire e de outros movimentos de educação, aparecendo o que se denominou educação popular. Educação esta que valoriza, sobretudo a cultura que estaria, inicialmente, destinada ao povo, referindo-se nesta perspectiva à valorização desta cultura como meio de lutar contra a discriminação dos seus produtores e reforçar os grupos sociais que tem sua participação restrita na sociedade. Contudo, a sociologia contemporânea vê a separação entre cultura popular e erudita mais como efeito dos projetos políticos dos intelectuais de alguns países do que como uma realidade vivida pelas classes sociais subalternas, pois o que foi denominado como "popular" era por vezes conseqüência do contato com a cultura letrada de épocas passadas (Davis, 1990). Assim como ocorre com o aspecto cultural, a