Educação na fase colonial
Na primeira fase colonial, a educação ministrada pelos jesuítas não só marcou o início da história da educação no Brasil, mas também foi a mais importante obra realizada no que diz respeito às consequências para a nossa cultura. Durante210 anos foram os jesuítas os educadores do Brasil. Desde que eles chegaram, sistematizaram uma organização educacional, fundando as suas residências e os seus centros de ação para a conquista e o domínio das almas “perdidas” – instrumento de domínio espiritual e propagação da cultura européia. Assim, foram aos poucos se infiltrando nas aldeias e levando os fundamentos de uma educação religiosa que foi se ampliando progressivamente pelo litoral. Seus métodos de ensino e seus programas diferenciavam-se conforme a importância da casa e conforme os educandos: futuros sacerdotes ou leigos. Primeiramente, o ensino se concentrava no catecismo, na língua dos índios, em representações de autos, com o objetivo de impressionaros nativos ingênuos. Utilizava-se de tudo o que fosse útil paraimpressionar o gentio: o teatro, os cânticos e até danças. Foinessas escolas de ler e escrever, fixas ou ambulantes, que teveinício uma política educativa de propagação da fé e da obediência.Os jesuítas não estavam apenas catequizando, mas espalhandonas novas gerações a mesma fé, a mesma língua e os mesmos costumes. A cultura indígena, não somente a língua, foi lentamentesendo substituída por um outro tipo de cultura, de acordo como modelo jesuítico. Os jesuítas implementaram duas categoriasde ensino no Brasil: a instrução simples primária, as escolasde primeiras letras para os filhos de portugueses e dos índios;e a educação média, colégios destinados aos meninos brancosque formavam mestres em artes / bacharéis em Letras. Essaorganização vai determinar os graus de acesso às letras, a unsmais, a outras menos. Nota-se, porém, que em todas as escolasera proibida a freqüência de crianças negras, mesmo livres, atépelo menos o