Educação Física competitivista
A tendência competitivista (1965-1984) colocou o desporto como diretriz da Educação Física Escolar no Brasil, devendo esta pautar seus objetivos, conteúdos e avaliações no desenvolvimento da aptidão física, da técnica e do rendimento desportivo. Com isso, a prática esportiva que seria um meio de educação pelo movimento acabou transformando-se num fim em si mesmo na medida em que deixou de cumprir o seu papel educativo para assumir os objetivos do esporte de rendimento. Desta forma, a aula de Educação Física virou sessão de treinamento desportivo, a escola virou um clube, o professor um treinador e o aluno um atleta.
Não pretendemos excluir o desenvolvimento da aptidão física das preocupações da Educação Física. Nem o desenvolvimento de habilidades motoras por intermédio dos jogos e esportes. Correríamos o risco de descaracterizar a profissão. O fundamental é que se compreenda que essas atividades são meios e não fins.
Em 1983, auge da tendência competitivista, O esporte não poderia continuar sendo o foco do sistema de ensino, o objetivo da Educação Física não poderia ser o rendimento esportivo. O professor de Educação Física não poderia mais ser concebido como um disciplinador, um controlador da atividade, um treinador, apenas um técnico desportivo. Os seus alunos, resgata ela, são seres humanos, não máquinas de rendimento esportivo.
EDUCAÇÃO FÍSICA COMPETITIVISTA anos 20, 30, 60 e 70 “A partir dos “anos 20 e 30, o” desporto de alto nível” ganhou espaço no interior da sociedade e, consequentemente, da Educação Física. Nos anos 60-70, o desporto de alto nível fica subjugada a Ed. F., tentando colocá-la como mero apêndice de um projeto que privilegia o Treinamento Desportivo.
Como a Ed. Física Militarista, Ed. F. Competitivista também está a serviço de uma hierarquização elitização social. Seu objetivo fundamental é a caracterização da competição e da superação individual como valores fundamentais e desejados