A educação fisica ao longo da historia
A Educação Física no Brasil passou por diversos períodos que, por sua vez, possuíam diversas concepções relacionadas à função da própria Educação Física, da necessidade, da maneira de trabalhar e ver o corpo.
Ghiraldelli Jr. (1989) faz um levantamento histórico, que tem como objetivo despertar uma visão crítica dos conteúdos e práticas corporais, a fim de que os profissionais da área possam repensar a sua práxis pedagógica. Dessa forma, ele classifica as Tendências na Educação Física em: Higienista, Militarista, Competitivista, Popular e Crítico-social dos Conteúdos.
A Tendência Higienista (1889-1930) é pautada nas questões de saúde. Para tal cabe à Educação Física um papel fundamental de formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação. Mais do que isso, a Educação Física Higienista não se responsabiliza somente pela saúde individual das pessoas, mas protagoniza um projeto de "assepsia social". Compreende que a Ginástica, o Desporto e a Recreação devem, antes de qualquer coisa, disciplinar os hábitos das pessoas no sentido de levá-las a se afastarem de práticas capazes de provocar a deterioração da saúde e da moral, o que "compro-meteria a vida coletiva". A Educação Física Higienista é uma concepção que se preocupa em erigir a Educação Física como agente de saneamento público, na busca de uma "sociedade livre das doenças infecciosas e dos vícios deteriorizadores da saúde e do caráter do homem do povo".
A Tendência Militarista (1930-1945) não é a mesma Educação Física Militar. Embora ambas estabeleçam relações estreitas, a Educação Física Militarista não se resume numa prática militar de preparo físico. É, acima disso, uma concepção que visa impor a toda a sociedade padrões de um comportamento estereotipado, fruto da conduta disciplinar própria do regime de caserna. Tem como objetivo fundamental a obtenção de uma juventude capaz de suportar o combate diante de uma guerra. Para tal tendência, a Educação