Educação de jovens e adultos na atualidade
WEB-AULA 1
Conceito e origem da Educação de Jovens e Adultos
As discussões e definições em torno de propostas teóricas e das diferentes concepções de alfabetização acompanham lutas ideológicas e políticas de cada período, trazendo consequências pedagógicas sérias para o processo educativo dos sujeitos que buscam tardiamente a escolarização.
Lançando o olhar para as políticas e ações desenvolvidas ao longo do processo histórico brasileiro, é possível buscar os referenciais teóricos que norteiam a conceitualização, os objetivos e as formas de desenvolvimento do processo de alfabetização, como veremos a seguir:
Desde o Império já aconteciam iniciativas de experiências, através das escolas noturnas para adultos. A primeira Constituição Brasileira2 , de 1824, garantia uma "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos." Fato que não ocorreu por vários motivos: primeiro, porque só possuía cidadania uma pequena parcela da população, aquela das elites econômicas; em segundo lugar, porque coube a responsabilidade de oferta da educação básica às Províncias que, com poucos recursos, não podiam cumprir a lei, permanecendo sob responsabilidade do governo imperial a educação das elites. Percebemos que o ensino se dava de forma desigual para diferentes grupos e em diferentes tempos.
O pensamento da elite da época era de oferecer instrução para todos e era influenciado por um pensamento moderno e liberal que preconizava que a educação livrava ou amenizava os sujeitos das ilusões do entusiasmo e da superstição que poderiam ser origem de terríveis desordens, facilitando o desempenho do governo.
A partir da República, iniciam-se inúmeras campanhas, normalmente de curta duração, descontínuas, sem grande sistematização e buscando sempre o apoio e a parceria das diferentes instâncias da sociedade civil. Isto reflete a falta de compromisso do poder público em definir uma política de educação institucional, de forma que as práticas para a área