Educação como exercício do poder
Ana Maria de A. Santiago
Maria José Maia de Miranda[1][1]
I.
“(...) O conhecimento que não faz sentido é prontamente esquecido. A mente não é burra. Esquecimento é prova de inteligência. A escola é burra e incompetente porque ela não fala sobre aquilo que é vitalmente importante para as crianças.” [2][2]
Acreditamos que todo professor-educador deva buscar constantes respostas para ter condições de propiciar ao aluno o aprimoramento de habilidades como pensar, raciocinar, valorar, investigar, indagar, relacionar, sintesar, analisar. Tão logo o educador obtenha algumas respostas para suas questões, outras deverão ser buscadas, quer na mesma direção, aprimorando práticas pedagógicas desenvolvidas, quer em outra direção, buscando novos rumos para as mesmas indagações. O processo de investigação responsável por um melhor percurso pedagógico não deve cessar.
Partindo do princípio de que a transmissão do conhecimento não é suficiente para garantir a sólida construção do sujeito histórico, capaz de interferir nos rumos da sua vida e na do grupo social a que pertence, afirmamos que a principal tarefa de todo professor é atingir, através dos seus conteúdos disciplinares, as habilidades acima mencionadas. Neste sentido, conhecer deixa de ser apenas erudição – fato discriminante, na medida que permite estabelecer oposição entre o sábio e o ignorante – para ser instrumento facilitador da vida.
Conhecer as implicações da sucessividade que envolve a narrativa humana, bem como os conhecimentos dos bons textos, das boas estruturas lingüísticas que traduzem tais narrativas não garantem a constituição de um sujeito histórico capaz de agir com adequação para uma sociedade melhor. Levar o aluno a discorrer sobre qualquer processo histórico é só o início d e um percurso para um(a)