Educaçao e cuidado
Quando se propõe a trabalhar com crianças bem pequenas, deve-se ter como princípio, conhecer seus interesses e necessidades. Isso significa saber verdadeiramente quem são saber um pouco da história de cada uma, conhecer a família, as características de sua faixa etária e a fase de desenvolvimento em que se encontra, além de considerar o tempo que permanecem na escola. Só assim podem-se compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças, lembrando que, para elas, a classe inicial é a porta de entrada para uma vida social mais ampla, longe do ambiente familiar.
Antigamente, a escola de educação infantil tinha uma conotação assistencial, onde as crianças ali passavam o dia todo para que seus pais pudessem trabalhar. Nesse período, os papéis, dentro da instituição infantil eram bem claros: um cuidava e o outro educava. Tal visão com o tempo foi superada porque se revela preconceituosa e sem fundamentação diante da realidade em que se encontra e que, cada vez, mais se procura trilhar, que é a de garantir espaço para que a criança possa ter os seus direitos. A educação para a infância originou-se dos ideários das inúmeras lutas políticas e sociais, travadas por várias gerações em diferentes contextos e momentos históricos com objetivo de conceder e assegurar à criança o direito de viver em plenitude a primeira infância. Segundo o dicionário, infância é definida como o período do desenvolvimento humano, que abrange do nascimento até a puberdade, o ECA, considera criança a pessoa de até doze anos, ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas.
A indissociabilidade entre o cuidado e a educação precisa permear todo o projeto pedagógico de uma instituição infantil. Trata-se de uma filosofia de atuação que prevalece, ou não, em todo o planejamento, pois as famílias não procuram a instituição apenas para serviços assistencialistas, mas buscam compartilhar com os educadores o