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Segundo José Marcelino de Rezende Pinto, professor da USP e presidente da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação), os dados indicam que os alunos estão se evadindo dos cursos, motivados, possivelmente, pela desvalorização da carreira docente. Outra razão seria a saturação do mercado. "A diminuição de concluintes nas particulares tem uma razão econômica. Por que eu vou pagar uma escola privada se não há falta de professores no mercado e se o salário não é compensatório?", diz o professor que, recentemente mostrou em um estudo que o número de formandos em licenciatura, entre 1990 e 2010, é maior que a demanda em todas as disciplinas, com exceção de física, ciências e língua estrangeira. A falta de professores nas duas últimas, no entanto, é fruto de uma diferença na contabilização das informações.
"Em vez de estimular a criação de novas licenciaturas, o governo deveria incentivar o preenchimento de todas as vagas da rede pública e zelar para que boa parte dos ingressantes conclua o curso com sucesso", afirma Marcelino. Isso poderia ser alcançado com a valorização da carreira, com o aumento dos salários, e também com estímulos para os estudantes de