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Complexos
Em química analítica, é muito comum o uso de reações de complexação na titulação de cátions. Estes podem ser extraídos de uma solução para outra por meio de um complexo. Complexos importantes para a química analítica são aqueles em que uma mesma molécula consegue realizar múltiplas ligações com íons metálicos. Um complexo é formado por uma molécula que oferece um ou mais pares de elétrons desemparelhados e um cátion ou átomo metálico que aceita o par ou pares de elétrons, criando assim uma ligação covalente.
Figura . Complexo formado por duas moléculas de glicina e um átomo de cobre Disponível em:
A molécula de glicina possui dois ligantes, com pares de elétrons desemparelhados provenientes do grupo carboxila e amina presentes na molécula. Se uma molécula possui um grupo ligante, diz-se que ela é dentada, se possui dois grupos ligantes, é bidentada, e assim por diante. Quando um íon metálico coordena-se com dois ou mais grupos doadores de um único ligante para formar um anel heterocíclico, como no caso da glicina, é formado um quelato. A palavra quelato deriva de uma palavra grega e significa garra. A importância dos quelatos nas reações de complexação reside no fato que o EDTA, um importante reagente na complexometria, é um quelato. (Skoog, 2005)
EDTA (Ácido Etilenodiaminotetracético)
O quelato mais utilizado em análises químicas é o EDTA. Formado por um sistema hexaprótico, ele é designado por H6Y2+. Em sua conformação neutra, o ácido é representado por H4Y.
Figura .EDTA na forma neutra Disponível em: Em um sitema formado pela reação do EDTA com um cátion ou átomo metálico, nós podemos determinar a fração de EDTA que não complexou, através da fórmula a seguir:
Figura . Fórmula para a fração não dissociada de EDTA Y4- Disponível em:
Essa fórmula representa a fração de Y4- que não complexou e permanece “livre” na solução. Isso não significa, no entanto, que não haja outras espécies que não complexaram na