Padronização de EDTA
A complexação é uma atração eletrostática entre um íon e um agente quelante de modo que não há transferência de elétrons entre estes. Sendo agente quelante qualquer estrutura, da qual façam parte dois ou mais átomos possuidores de pares de elétrons não utilizados em ligações químicas primárias, mas sim, usados como "imãs" eletrostáticos para se prenderem a íons metálicos. (Titrimetria de complexação; http://www.ufpa.br/quimicanalitica)
Muitos íons metálicos formam complexos suficientemente estáveis. Este fato serve de base para um método barato, e de comprovada eficácia na determinação de íons metálicos e de seus complexantes.
Por bastante tempo a complexometria foi limitada pela baixa estabilidade dos complexos conhecidos e pelo fato da formação de vários complexos. Isto gerava muitas discussões pois, com tantos produtos formados, as teorias criadas acabavam perdendo credibilidade devido aos resultados diversos.
Tais limitações somente foram superadas em 1945, quando foi introduzido o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), um poderoso reagente, que complexa com vários íon, incluindo metais pesados e alcalino terrosos, formando estruturas estáveis do tipo 1:1. (Titrimetria de complexação; http://www.ufpa.br/quimicanalitica)
O ácido etilenodiaminotetracético, comumente abreviado para EDTA (do inglês Ethilene Diamine Tetraacetic Acid), é o titulante complexométrico mais largamente utilizado. O EDTA apresenta a seguinte fórmula estrutural:
Figura 1: Modelo estrutural da molécula de EDTA. (SKOOG,2006)
A molécula de EDTA tem seis sítios potenciais para a ligação de íons metálicos: quatro grupos carboxílicos e dois grupos amino, cada um dos últimos com um par de elétrons desemparelhados. Assim, o EDTA é um ligante hexadentado. Ao formar o complexo com determinado cátion, sua forma espacial permite o aprisionamento desse cátion através de atrações eletrostáticas ocasionadas por pares de elétrons livres: (SKOOG, 2006)
Figura 2: