Edmund burke
Na visão de mundo de Burke o universo é uma criação divina, na qual estado e sociedade fazem parte, e é ordenado e governado por leis eternas em que os homens estão sujeitos. Estas leis regulam a dominação do homem pelo homem e controlam os direitos e obrigações dos governantes. Para ele a sociedade é naturalmente hierárquica, dividida em classes, e que a igualdade tanto política quando social e econômica vai contra a natureza.
Burke tem a concepção de que a desigualdade é natural, não podendo haver igualdade, haja vista que a propriedade é traço fundamental para desigualdade, e que a igualdade pregada pela Revolução Francesa só serve para a subversão da ordem, tornando mais dura esta desigualdade real que nunca será eliminada. Isto explica as suas duras críticas a Revolução Francesa que para ele deslegitima os valores tradicionais, pois Burke defende a continuidade, reverenciando o tradicional.
Relacionando Burke e seu antagonista Rousseau, no que diz respeito à igualdade, é possível perceber que enquanto Burke defende a ideia de que a igualdade não é real e nem natural, mas que o estado de natureza é a desigualdade. Rousseau defende a igualdade no centro do seu discurso, defende que a igualdade ao contrário de Burke é o estado de natureza, mas que ao passar do tempo isto é corrompido por um pacto ilegítimo ou seja, um pacto sem igualdade entre as parte. Enquanto Burke defende a continuidade da desigualdade, Rousseau levanta a bandeira de uma nova mentalidade, por isso é o filósofo da Revolução