Edmund Burke - Conservadorismo Moderno
Edmund Burke escreve, em seu texto Reflexões sobre a revolução de França, uma crítica ao racionalismo militante relacionado aos Direitos do Homem em que a Revolução Francesa se baseava. Esse eixo rompia com a estrutura de governo já existente, o que o tornava totalmente diferente da Revolução Inglesa (1688).
Primeiramente há de se revelar que a Revolução Inglesa para Burke foi feita de modo que fosse preservada a Constituição de governo que era a única garantia para a lei e a liberdade. Ela manteve as tradições e respeitou a herança dos ancestrais que, para ele seria passado para a posterioridade. Essa ideia de herança expõe um principio seguro de conservação e transmissão, mas também inclui a liberdade de se aperfeiçoar.
Sua concepção de governo se explica na ideia de que as instituições são uma construção do processo histórico, baseados em experimentação, onde a sua composição é feita a partir de interações. Para o autor, a sociedade Inglesa floresceu por sua capacidade de manter o respeito e compreenção pelas forças que mantêm a ordem social. O que não ocorreu na revolução da França.
Sua crítica à manipulação por parte de forças que pretendem acabar com a ordem social existente, para que fosse construida uma nova, começa com o movimento francês, que visava uma remodelação da estrutura governamental já aplicada. Para Burke, a ordem social francesa não poderia acabar e simplesmente ser construída novamente, visto que, como já dito, sua formação se dá como em uma edficação.
O conceito da Revolução Francesa de “Luzes” após séculos em “Escuridão” expõe, pra o autor, uma fachada de ignorância para com a herança legada aquela sociedade. É necessário trabalhar com respeito para com a obra de seus antecessores, para que fosse possível trabalhar em prol do desenvolvimento social.
Ao incutir o conceito do crescimento orgânico das sociedades em primazia das reformas violentas, Burke assume um caráter conservador moderno,