Edema

RELATÓRIO DE SINAIS E SINTOMAS

Rg:158600 CM III QUARTO: 329 LEITO: 2 DATA DA OBSERVAÇÃO: 01/04/2011
W.M.J., 31 anos, masculino, branco, caucasiano, solteiro, aposentado, natural e procedente de Florianópolis-SC. Foi admitido no HU-UFSC no dia 29/03/2011 às 17:00 com queixa principal de febre e “eliminação de pus pela uretra”. Possui diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica e há indicação de nefrectomia bilateral de urgência.
EDEMA
DEFINIÇÃO: É o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. As expressões “inchaço” e “inchume” são as mais utilizadas pelos pacientes para relatar esse sintoma. Geralmente existem duas causas para o edema extracelular: vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais através dos capilares; e falha do sistema linfático em retornar líquido do interstício para o sangue. A causa clinicamente mais comum para o acúmulo de liquido no espaço intersticial é a filtração excessiva do líquido capilar. O aumento no volume de líquido intersticial, o qual pode se expandir em vários litros antes que a anormalidade se torne evidente, promove uma retenção hídrica e um ganho de peso que precedem, em geral, as manifestações francas de edema.
SEMIOTÉCNICA PARA OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO: A investigação semiológica do edem a tem início na anamnese, quando se indaga sobre o tempo de duraçao, localização e evolução do sinal. No exame físico completa-se a análise, investigando-se diversos parâmetros:
LOCALIZAÇÃO: A primeira grande distinção a ser feita é se o edema é localizado ou generalizado, sendo, neste último, chamado de anasarca. O edema é reconhecido em sua forma generalizada por inchaço da face, mais evidente nas áreas periorbitais.
INTENSIDADE: Com a polpa do polegar faz-se uma compressão, firme e sustentada, no local de exame. Havendo edema, ao ser retirado o dedo vê-se uma depressão (fóvea). Estabelece-se a intensidade do edema referindo-se à profundidade da fóvea. Pode-se