Economia solidaria

O fenômeno de integração comercial mundial, conhecido como globalização, tem uma faceta social e cultural. Esse fenômeno possui escala global (daí o nome do fenômeno), mas alguns estudiosos do assunto entendem que o termo utilizado não é o mais apropriado, já que atinge o globo de forma diferenciada e exclui a sua maior parte – se observamos a circulação mundial de capital, podemos constatar que a maioria da população mundial (na Ásia, na África e na América Latina) permanece excluída, assim como a charge nos mostra.
A charge aponta para um crescimento do Hemisfério Norte (composto em grande parte por países desenvolvidos) e um encolhimento do Hemisfério Sul (países subdesenvolvidos, em sua maioria). Ela aponta para os resultados econômicos produzidos pela globalização, ou seja, o enriquecimento dos países desenvolvidos e a exploração dos países subdesenvolvidos.
Ao longo das últimas décadas houve a interconexão mundial dos meios de comunicação, das moedas nacionais e das línguas. Essa forma de globalização resulta do predomínio da economia de mercado e do livre mercado (uma situação em que o máximo possível é mercantilizado e privatizado) provocando diversos problemas sociais. Isso leva ao domínio mundial do sistema financeiro, à redução do espaço de ação para os governos – os países são obrigados a aderir ao neoliberalismo – ao aprofundamento da divisão internacional do trabalho e da concorrência.
A divisão de trabalho, em tempos remotos presente somente nas relações entre indivíduos, passa a ser presente entre países. Agora, alguns países atuam como patrões e outros, como empregados. A especialização produtiva de países acontece no seguinte sentido: países desenvolvidos exportam tecnologia, empresas e empréstimos enquanto os subdesenvolvidos cumprem o papel de exportar, sobretudo, matéria-prima.
Podemos dizer então que a globalização realiza uma nova divisão mundial: de um lado, uma minoria que é beneficiada pela globalização neoliberal e, de outro, a