Economia solidária
Antonio Cruz e Aline Mendonça dos Santos
Luzia Amélia Ferreira
Os autores de uma forma interessante e estimulante fazem um paralelo entre as idéias e utopias antigas e atuais, mostrando que há muitas décadas diversos pensadores discutem e propõe formas de superação das mazelas e misérias ocasionadas pelo capitalismo, o que eles denominaram de experiências sociais.
As formas de associação, sejam elas econômicas ou sociais são abordadas de modo interessante nas considerações apontadas através dos pensamentos de Marx e
Proudhon, como ilustra a citação a seguir:
... Marx ... enfatizava a necessidade da organização política dos trabalhadores e preconizava que a transformação da sociedade não prescindiria de um Estado dirigido pelas classes subordinadas no capitalismo, contra a ordem que se queria abolir. Proudhon, ao contrário, via nas associações econômicas o germe de federações livremente constituídas em oposição ao próprio Estado (e a necessidade da abolição deste, como uma estrutura de poder de classe contra classe) como prerrogativa para a superação do capitalismo (Marx, 2004; Proudhon, 2003, citado por Cruz e Santos, 2011, pg. 54).
A evolução destes pensamentos levou a percepção das formas de ruptura com o estado capitalista como as fábricas cooperativas, cuja essência levava a apropriação dos meios de produção e a valorização do trabalho e consequentemente a uma contestação das relações capitalistas. Em meio às crises político-econômicas instauradas e a partir da instalação do estado neoliberal estas formas de contestação foram amplamente marginalizadas e as tentativas de extinguir qualquer forma de organização coletiva eram constantes. No entanto, o período de lutas sociais intensas fizeram com que valores sociais e novas práticas fossem incorporados. Assim o
associativismo