Drogas do Sert o
No período em que o Brasil foi colonizado, os portugueses verificaram, na Amazônia, a existência de uma grande variedade de recursos naturais que incluíam raízes, frutas e diversos tipos de plantas. Uma das formas com que os colonizadores aumentavam este conhecimento era o contato com os nativos da terra, que já faziam uso e sabiam do potencial culinário e curativo de vegetais, que ficaram conhecidos como drogas do sertão.
Os portugueses, ao verificarem a presença destes produtos na Amazônia, acabaram encontrando uma solução para substituir as especiarias das Índias. As terras amazônicas apresentavam uma grande riqueza de recursos naturais. Pode-se considerar como drogas do sertão os seguintes produtos: gordura do peixe-boi, ovos de tartaruga, araras e papagaios vivos, jacarés, lontras, peles de felinos, castanhas, ervas com propriedades curativas, fibras, tinturas, baunilha, poaia, urucum, guaraná, cravo, cacau e outros condimentos.
Para a extração destes recursos, as missões de jesuítas utilizavam o conhecimento e o trabalho dos nativos. Entre todas as drogas encontradas na Amazônia, a mais importante foi o cacau, que chegou, até mesmo, a ser utilizado como moeda. Após algum tempo, o marquês de Pombal inicia um programa de cultivo da agricultura que incentivava a atividade por meio das companhias comerciais.
A decadências do “ciclo das drogas” no país deu-se com a atitude do Marquês de Pombal em expulsar os jesuítas. Além disso, existiam muitas divergências entre os clérigos e os colonos. Apesar da diminuição da extração destes recursos, alguns continuaram ser explorados, como a borracha, importante produto que ajudou na integração nacional.