Farmaco
Histórico
Os canabinóides derivam da planta Cannabis Sativa que é originária da zona do Mar Negro e do Mar Cáspio. Esta planta é utilizada há 12 000 anos como fonte de fibras para vestuário e cordoaria.
A primeira referência encontrada relativa a esta planta data de 2.737 anos A.C. e foi encontrada na farmacopeia do imperador Shen Nuna, sendo recomendada para tratar a malária, dores reumáticas e desordens femininas. Nos textos sagrados do hinduísmo, em particular no Atharva Veda (3.000 anos A.C.), existem também referências a esta planta. Foi sempre bastante popular no meio médico e farmacológico, embora as suas indicações terapêuticas sejam um pouco confusas. Na altura, parecia existir a crença de que a planta ajudava a diminuir o mal-estar provocado por "desarranjos" cíclicos ou crónicos. Até o Velho Testamento faz referência a esta planta (com o nome de kalamo) quando Salomão canta e louva as suas propriedades. No século XVIII, a coca chega à Europa, mas só em 1859 Albert Neiman isola o seu princípio ativo responsável pelos efeitos da planta. Terapeuticamente a cocaína foi rapidamente comercializada e utilizada como remédio para os nervos, para curar a tristeza e a melancolia e para o tratamento do aparelho fonador. Com a descoberta da fórmula da cocaína assiste-se a um amento abrupto do prestígio clínico e social da droga que passou a ser utilizada na elaboração e formulação de remédios e tónicos utilizados para tratar um largo leque de doenças.
Mecanismos de Ação
Os canabinóides podem provocar prazer, bem-estar, euforia, intensificação da consciência sensorial, maior sensibilidade aos estímulos externos, ideias paranóides, confusão de pensamentos, sonolência, relaxamento, instabilidade no andar, alteração da memória imediata, diminuição da capacidade para a realização de tarefas que requeiram operações múltiplas e variadas, identificação da capacidade de reação, défice na aptidão motora ou interferência na