Droga e familia
O presente estudo refere-se a uma pesquisa acerca da dependência química naadolescência, seus impactos no âmbito familiar, e principalmente o papel da famíliano processo de tratamento do adolescente. Para isso, buscamos no primeirocapítulo conhecer em um breve histórico as transformações sofridas peloadolescente nesta fase de transição, apontamos o papel da família enquanto eixoque move as relações sociais desses indivíduos e fechamos com uma discussãosobre o uso de drogas na adolescência.Entende-se que a adolescência é uma fase conflituosa da vida devido àstransformações biológicas e psicológicas vividas. Surgem as curiosidades, osquestionamentos, à vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendodos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as suas próprias decisões.É o momento em que o adolescente procura a sua identidade, não mais se baseandoapenas nas orientações dos pais, mas também, nas relações que constrói com ogrupo social no qual está inserido, principalmente o grupo de amigos. A propósito, Nery Filho e Torres (2002), apontam que a amizade torna-se umarelação de pessoas específicas no qual o adolescente cria novos laços afetivosestabelecendo assim, um círculo social reduzido e homogêneo, em que os jovensencontram sua própria identidade num processo de interação social.Também realizamos uma análise sobre a instituição familiar, que é o eixo que moveas relações sociais dos indivíduos. Desta maneira, compreendemos que a famíliaenquanto instituição socializadora deveria ser conhecida desde seus primeirosmodelos de constituição até aos moldes mais contemporâneos onde sua estruturatoma diversas formas. A família nuclear burguesa foi e é um dos moldes mais conhecidos de estruturafamiliar, na qual os papéis são categoricamente bem definidos onde o pai é oprovedor e chefe da casa e a mãe assume o papel de esposa e a ela é designada aeducação dos filhos e organização do lar. Aquela família que não fosse composta detal maneira era