Trabalho
O grupo Petrópolis, com unidade em Boituva, região de Sorocaba, é investigado, pela segunda vez, por sonegar impostos. A suspeita da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo é de que a empresa deixou de declarar R$ 600 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) entre os anos de 2006 e 2011.
O esquema funcionava da seguinte maneira: o grupo emitia notas de transferência como se estivesse mandando o produto fabricado em São Paulo para a unidade do Rio de Janeiro. Em seguida, era feita a substituição tributária e os impostos estaduais não eram pagos.
Para desvendar o crime, a Secretaria da Fazenda, o Ministério Público e as polícias Civil e Militar deflagraram ontem a Operação Czar onde estão instalados a fábrica e o centro de distribuição do Grupo Petrópolis.
Cerca de 80 agentes públicos cumpriram, na manhã de quarta-feira, dois mandados de busca e de apreensão. Armários, arquivos e pastas foram revistados. Cópias dos arquivos de computadores foram feitas e alguns equipamentos levados. Os peritos contábeis da Delegacia da Receita Tributária de Sorocaba irão analisar todo o material recolhido.
Longa análise / A suposta fraude começou a ser investigada no ano passado, quando surgiu a suspeita de que inúmeras distribuidoras de bebidas seriam controladas pelo próprio grupo para dissimular a participação no esquema criminoso. A cerveja é um produto sujeito a recolher antecipadamente todo o ICMS da cadeia produtiva, desde as operações até a circulação da mercadoria.
Fim à sonegação/ A operação de combate ao crime contra ordem tributária prejudica os cofres públicos. Caso se confirme que todas as operações de transferência foram simuladas pelo Grupo Petrópolis será feita a denúncia ao Ministério Público para que ação penal seja aberta e os responsáveis respondam criminalmente.
Colaboração nas investigações
Empresa demonstra tranquilidade e abre as portas para que agentes façam